Emoção no reencontro dos pioneiros do Curso de Formação de Pilotos Militares da FAB


Há 40 anos, jovens recém saídos da Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAr), deixaram Barbacena (MG) e seguiram para Natal (RN) onde teriam uma missão inédita: serem os pioneiros do recém-criado Curso de Formação de Pilotos Militares (CFPM). Hoje, 11 de setembro de 2010, a turma “Mete a Cêpa” voltou à Base Aérea de Natal para comemorar, rir, chorar e lembrar de muitas histórias. Muitas histórias.

Acompanhados de seus familiares, 145 alunos vieram rememorar os desafios e superações. Dos aviões T-23 e T-37, ambos dominados em menos de um ano, a alegria do primeiro vôo solo. A maioria seguiu carreira na Força Aérea Brasileira, mas a grande semelhança entre todos, passadas quatro décadas, é manter o orgulho de terem sido pioneiros.

Um daqueles jovens era o hoje Tenente-Brigadeiro Aprígio de Moura Azevedo. Para ele, o CFPM valeu muito à pena. “São 40 anos de um momento muito especial na vida de todos nós, meninos, verdadeiros garotos, que enfrentamos o desafio de aprender a voar. Aprendemos, certamente”, disse, emocionado.

Dois outros alunos da turma do CFPM de 1970 atingiram o posto máximo na Força Aérea Brasileira, os Tenentes-Brigadeiros Antônio Gomes Leite Filho e Marco Aurélio Mendes. O feito é um orgulho para o comandante do grupo, o Brigadeiro da Reserva Clóvis de Athayde. “Jamais podemos esquecer que além de militares e profissionais, eram seres humanos, e por isso tínhamos uma excelente relação entre instrutores e alunos”, contou em um dos momentos mais marcantes da cerimônia realizada no Cine Navy da Base Aérea de Natal.

Além dos integrantes da turma “Mete a Cêpa”, o encontro reuniu ainda 38 dos antigos instrutores, entre eles o atual Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro Juniti Saito. O então primeiro-tenente veio à Natal para ensinar a pilotagem do jato T-37. “De agosto até dezembro eu voei quase 300 horas, de madrugada, de manhã, de tarde e de noite. Eu tive uma preparação na unidade caça e pude transmitir um pouco dessa minha experiência para essa turma”, lembrou.

Um momento marcante do encontro foi uma parada diária com os ex-alunos, realizada após o descerramento de placas de homenagem. A programação incluiu ainda o lançamento de um selo comemorativo e uma visita às instalações da Base Aérea de Natal. O Tenente-Brigadeiro William de Oliveira Barros, outro instrutor orgulhoso dos seus ex-alunos, resumiu o sentimento do dia: “É uma pena que aqueles muros, aqueles pátios e aqueles hangares não falem. Porque, se falassem, diriam: olha aquela turma de 70! Como estão jovens”!

Fonte: Agência Força Aérea

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