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Investidores acreditam que David Neeleman tem todos os motivos para pensar no seu próximo negócio, a Breeze
Por Graziella Valenti
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Publicado em 16 abr 2020, 14h26
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AZUL: a companhia esperava recuperar 4,8 bilhões de reais em Ebitda entre 2020 e 2027 (Alexandre Battibugli/EXAME) |
Mesmo sabendo que a situação é dramática para todos do setor de aviação comercial, o temor dos investidores em relação à Azul
aumentou nos últimos dias. Eles estão tentando somar as informações dos
últimos meses para mapear o futuro da empresa criada por David Neeleman. E as conclusões não são promissoras.
A companhia anunciou na manhã desta quinta-feira um conjunto de contratações.
Escolheu um batalhão para lidar com a crise: dois grandes escritórios
de advocacia — Thomaz Bastos, Waisberg, Kurzweil (TWK) Advogados e
Pinheiro Neto — para tratar de compromissos e vencimentos, mais a
Galeazzi & Associados para reorganização do negócio e ainda a Plane
View Partners, especializada no relacionamento com fabricantes e
empresas de arrendamento de aeronaves.
Não passou em brancas nuvens na leitura das novidades que a
especialidade do TWK é reestruturação de dívida e, principalmente,
dentro de recuperações judiciais – foram eles que conduziram o caso
Avianca, no ano passado. Neste momento, o escopo do contrato com a Azul é
a revisão dos contratos de leasing de aeronaves.
Somado a essas informações, está a novidade barulhenta de que o
fundador David Neeleman deixou ocorrer a execução de ações preferenciais
da Azul, que garantiam um empréstimo de 30 milhões de dólares. Com
isso, sua participação nessa espécie de ações despencou de 11,4 milhões
de papéis para 2,1 milhões. A posição em ações ordinárias (com direito a
voto), ficou intacta. A empresa vem destacando que a venda ocorreu
contra a vontade do empresário.
Apesar de ele continuar controlador da Azul, a capacidade de a
companhia encher o bolso de Neeleman diminuiu dramaticamente, pois o
pagamento dos dividendos era concentrado nos papéis sem direito a voto,
na estonteante proporção de 75 para 1. Foram eles que inventaram a
“super PN” no Brasil, para sua estreia na bolsa.
Fonte: https://exame.abril.com.br
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