Azul realiza voo experimental com biocombustível

Azul realiza voo experimental com biocombustível

19/06/2012

A companhia aérea Azul em parceria com as empresas Amyris Inc. e Embraer, realizou um voo experimental utilizando um combustível renovável inovador, produzido a partir da cana-de-açúcar. Com destino ao Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, um jato Embraer 195 partiu do Aeroporto de Viracopos, em Campinas e fez uma passagem sobre a cidade, que recebe nesta semana a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. Batizado de Azul+Verde, o projeto teve início em novembro de 2009 com o objetivo de testar um novo conceito de desenvolvimento de combustível renovável para jatos potencialmente capaz de reduzir as emissões de gases que contribuem para o efeito estufa. Além de oferecer uma alternativa para combustíveis derivados do petróleo, a iniciativa representa mais um grande passo em direção a uma indústria de transporte aéreo sustentável. 

O estudo realizado pelo Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais sobre o ciclo de vida dos gases de efeito estufa do bioquerosene da Amyris mostra que este combustível pode reduzir em até 82% a emissão de dióxido de carbono em comparação ao querosene de origem fóssil. Esse combustível, chamado de AMJ 700, é feito com o uso de microorganismos modificados que trabalham como fábricas vivas, convertendo o açúcar em puro hidrocarboneto. Tal método resulta em um querosene renovável que, após certificado, atenderá aos padrões mais rigorosos da aviação e da ASTM - American Society for Testing and Materials. Para o voo experimental, foi utilizada uma mistura equivalente de querosene de aviação comum com querosene renovável obtido a partir da fermentação da cana-de-açúcar (4,5 mil litros), o que torna esse um voo inédito na aviação brasileira. Foto: Benito Latorre

Fonte: Revista Flap

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