Valor Econômico
Gol muda comando para ser mais eficiente
Gol quer crescer sozinha, TAM mira rotas rentáveis e Azul prevê alta no preço das passagens
Paola de Moura Do Rio
21/10/2010
O presidente da Gol Linhas Aéreas Constantino de Oliveira Júnior, disse ontem que a reestruturação do alto escalão da empresa está finalizada. "O objetivo era dar mais agilidade à companhia, aumentar a eficiência da operação, no que diz respeitou a pontualidade, regularidade e eficiência".
Segundo o executivo, as alterações no alto escalão da empresa iniciadas em novembro de 2009 e finalizadas na terça-feira, com o anúncio da quarta vice-presidência, são uma evolução natural da companhia em um mercado que vem crescendo. "Estamos focados em ganho de produtividade".
A Gol reduziu de cinco para quatro o número de vice-presidências, remanejou diretorias e trocou dois vice-presidentes. Na terça-feira foi anunciada a saída do comandante Fernando Rockert de Magalhães, da área técnica, que foi substituído por Adalberto Bogsan. Constantino disse que a reestruturação não prevê demissões ou cortes de cargos.
Para o presidente da Gol, as recentes fusões que aconteceram no mercado são uma tendência mundial, mas por enquanto, a companhia ainda não tem planos de se unir a outra empresa aérea. "Nosso objetivo é sermos perfil de baixo custo do mercado nacional. Ainda há um potencial imenso. São 30 milhões, os novos consumidores da classe C chegando ao setor".
O aquecimento da demanda, que faz o mercado crescer a um ritmo de até 30% ao mês, como aconteceu em setembro, já mexe com os planos de aumento de frota de algumas companhias. Conforme o Valor informou na edição de sexta-feira, Azul e TAM aumentaram suas previsões e compraram neste ano aeronaves não programadas inicialmente. E a Gol não descarta a possibilidade de fazer o mesmo a partir de 2014. Pedro Janot, presidente da Azul, diz que já está "em um ritmo muito acelerado".
Constantino Júnior, diz que, se houver necessidade, a companhia tem flexibilidade para aumentar o número de aviões já encomendadas. "Podemos alterar os contratos de leasing e não devolver os aviões no fim do prazo", diz ele. Hoje a Gol tem 111 aeronaves Boeing e vai chegar a 2014 com 125. Além disso, está substituindo seus aviões mais velhos (737-300 e 767-300) por modelos mais novos.
A expansão da classe C associada à entrada de novos concorrentes, que trazem mais aviões, provoca mudanças nas fatias de mercado. A TAM, líder do mercado, estava com 42,40% de participação, em setembro, abaixo dos 44,15% do mesmo mês do ano passado.
"O que está ocorrendo é uma diluição natural das participações de mercado, mas o que nos importa é a rentabilidade da companhia. Temos uma busca constante do resultado", diz Paulo Castello Branco, vice-presidente comercial e de planejamento da TAM. "Estamos com uma ocupação de 85% em setembro, mês que é considerado baixa temporada. Na quinta-feira, batemos o recorde de operações, foram 945 no dia, o que significa uma decolagem a cada minuto e meio", acrescenta Castello Branco. A empresa vem abrindo novas rotas, "mas apenas para destinos considerados rentáveis", diz.
Quem espera tarifas menores e uma guerra entre as companhias vai ficar decepcionado. A demanda aquecida fará com que os preços tenham uma pequena alta nos próximos meses. Essa é a avaliação de Janot, da Azul. Para ele, os preços só não vão subir mais porque há também um grande crescimento da frota e da oferta de novos assentos. "Gol, TAM e a Azul encomendaram novos aviões e também estão aumentando a malha, o que deve segurar os preços", prevê.
Os executivos participaram ontem da abertura da feira anual da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav), que termina amanhã.
Gol muda comando para ser mais eficiente
Gol quer crescer sozinha, TAM mira rotas rentáveis e Azul prevê alta no preço das passagens
Paola de Moura Do Rio
21/10/2010
O presidente da Gol Linhas Aéreas Constantino de Oliveira Júnior, disse ontem que a reestruturação do alto escalão da empresa está finalizada. "O objetivo era dar mais agilidade à companhia, aumentar a eficiência da operação, no que diz respeitou a pontualidade, regularidade e eficiência".
Segundo o executivo, as alterações no alto escalão da empresa iniciadas em novembro de 2009 e finalizadas na terça-feira, com o anúncio da quarta vice-presidência, são uma evolução natural da companhia em um mercado que vem crescendo. "Estamos focados em ganho de produtividade".
A Gol reduziu de cinco para quatro o número de vice-presidências, remanejou diretorias e trocou dois vice-presidentes. Na terça-feira foi anunciada a saída do comandante Fernando Rockert de Magalhães, da área técnica, que foi substituído por Adalberto Bogsan. Constantino disse que a reestruturação não prevê demissões ou cortes de cargos.
Para o presidente da Gol, as recentes fusões que aconteceram no mercado são uma tendência mundial, mas por enquanto, a companhia ainda não tem planos de se unir a outra empresa aérea. "Nosso objetivo é sermos perfil de baixo custo do mercado nacional. Ainda há um potencial imenso. São 30 milhões, os novos consumidores da classe C chegando ao setor".
O aquecimento da demanda, que faz o mercado crescer a um ritmo de até 30% ao mês, como aconteceu em setembro, já mexe com os planos de aumento de frota de algumas companhias. Conforme o Valor informou na edição de sexta-feira, Azul e TAM aumentaram suas previsões e compraram neste ano aeronaves não programadas inicialmente. E a Gol não descarta a possibilidade de fazer o mesmo a partir de 2014. Pedro Janot, presidente da Azul, diz que já está "em um ritmo muito acelerado".
Constantino Júnior, diz que, se houver necessidade, a companhia tem flexibilidade para aumentar o número de aviões já encomendadas. "Podemos alterar os contratos de leasing e não devolver os aviões no fim do prazo", diz ele. Hoje a Gol tem 111 aeronaves Boeing e vai chegar a 2014 com 125. Além disso, está substituindo seus aviões mais velhos (737-300 e 767-300) por modelos mais novos.
A expansão da classe C associada à entrada de novos concorrentes, que trazem mais aviões, provoca mudanças nas fatias de mercado. A TAM, líder do mercado, estava com 42,40% de participação, em setembro, abaixo dos 44,15% do mesmo mês do ano passado.
"O que está ocorrendo é uma diluição natural das participações de mercado, mas o que nos importa é a rentabilidade da companhia. Temos uma busca constante do resultado", diz Paulo Castello Branco, vice-presidente comercial e de planejamento da TAM. "Estamos com uma ocupação de 85% em setembro, mês que é considerado baixa temporada. Na quinta-feira, batemos o recorde de operações, foram 945 no dia, o que significa uma decolagem a cada minuto e meio", acrescenta Castello Branco. A empresa vem abrindo novas rotas, "mas apenas para destinos considerados rentáveis", diz.
Quem espera tarifas menores e uma guerra entre as companhias vai ficar decepcionado. A demanda aquecida fará com que os preços tenham uma pequena alta nos próximos meses. Essa é a avaliação de Janot, da Azul. Para ele, os preços só não vão subir mais porque há também um grande crescimento da frota e da oferta de novos assentos. "Gol, TAM e a Azul encomendaram novos aviões e também estão aumentando a malha, o que deve segurar os preços", prevê.
Os executivos participaram ontem da abertura da feira anual da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav), que termina amanhã.
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