O Diário de Guerra


BIOGRAFIA. Autor: Rui Moreira Lima Medida: 17 x 24 cm Capa: semi-rígida - prefácio: Cel Lorenzo Miolo: 120 páginas em P&B (fotos) "Antes de entrar em combate na Campanha da Itália, resolvi escrever um diário de guerra bastante resumido, registrando no mesmo: o numero de cada missão, data, objetivo a atacar, nome dos pilotos, horas voadas e, após regressar – fosse nas barracas em Tarquinia ou no Albergo Nettuno em pisa – o resumo da missão, citando os danos causados ao inimigo, bem como os erros, que eram constantes, quando o alvo era uma ponte ou cortes de estrada de ferro. Para fazer o diário comprei duas mini-cadernetas cujo espaço mal dava para escrever um relato mais completo. À proporção que avançava em numero de missões, procurava citar o máximo de detalhes – utilizando a linguagem tipo telegrama – dado o pequeno espaço existente. Nunca imaginei que esses pequenos registros seriam transformados em um livro. Eu e Julinha – hoje com 65 anos de casados – perdemos em julho de 1948 uma filha de 2 anos. Ficamos tremendamente abalados. Parei de voar. Devido ao nosso estado emocional, pedi ao meu comandante uma licença de 30 dias, prorrogáveis por mais 30 e fomos curtir nossa dor em São Luis -M.A. na praia Ponta da Areia, que naquele tempo era ocupada apenas por uma colônia de pescadores. Meu irmão mais velho – Jose Henrique – pôs á minha disposição uma pequena casa donde ele passava os fins de semana. Estava localizada próxima ao antigo Forte de São Marcos erigido no período do Brasil- Colônia, já naquela época – Julho de 1948 – quase todo tomado pelo mar. Hoje não existe mais. Levei em minha bagagem, além de alguns livros, o meu diário de guerra. Resolvi nas minhas horas vagas desenvolver aqueles minguados registros em um relato mais claro imaginando transforma- lo em u m livro. Comprei um caderno e comecei a escrever cada missão usando como auxilio o próprio diário, minha memória e os relatos contidos no Daily Report, documento diariamente elaborado pelos nossos competentes Oficiais de Informações – primeiramente o Tenente aviador Jose Carlos Miranda Correa depois o Tenente Aviador Oscar de Souza Spinola Jr. – que enviavam o original de cada missão ao comando da 12ª Força Aérea da U.S.A.F. para conhecimento e analise.

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